Dos jornalistas, a partir de agora, não se espera outra coisa, a não ser, jornalismo. Analisar, apontar acertos e erros na montagem do governo, por exemplo. Porque todos os governos acertam e erram na montagem da equipe.
Na área econômica, o novo governo manteve a coerência da campanha. Deu carta branca ao “Posto Ipiranga”. Paulo Guedes está escolhendo para postos-chave nomes que teoricamente seguem o receituário liberal da Escola de Chicago. Haverá inclusive uma pessoa para cuidar das privatizações que o governo pretende fazer. Na mira para vender, “partes” da Petrobras, seja lá o que isso possa representar.
Na Agricultura, escolheu-se a líder da bancada ruralista. Não se pode esquecer da expressiva votação que Bolsonaro conseguiu nos estado da Região Centro-Oeste. Obviamente, os grande proprietários fizeram intensa campanha para o presidente eleito, logo, é de se esperar que o “agronegócio” receba seu quinhão na administração que se inicia em janeiro.
Para continuar falando do campo, a escolha de um pecuarista para tratar a reforma agrária mostra bem qual a ótica do novo governo. Poderia ter sido escolhido algum economista, técnico, que não tivesse apenas a visão do empresariado. No entanto, não foi bem isso que aconteceu. Isso sem falar no futuro chanceler que tem teorias econômicas exóticas. Afinal, ele declarou que a Revolução Francesa foi Marxista...
A julgar pelas primeiras ações para montagem da equipe, o governo Bolsonaro vai ser muito parecido com o governo Temer na economia e muito parecido com o governo Collor nas relações com o Congresso. Nas pautas de costume se assemelha a Jânio Quadros. Espera-se que ele termine democraticamente seu mandato e passe a um sucessor escolhido pelo povo. Nenhum dos antecessores citados neste texto teve quatro anos de governo...
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