Escrever todo dia faz com que a gente tenha que
voltar a temas já tratados. Em uma ocasião, a chefia mandou um
profissional fazer uma reportagem sobre uma pauta que já tinha sido feita. Ao
tentar argumentar, o repórter ouviu da referida instância a sentença: “o
jornalismo é um eterno renovar”. Então, o surgimento de um novo gancho permite a
volta ao assunto.
Lembro que há uns dois anos uma assessoria de imprensa encaminhou ao
jornalista Christovam Chevalier um
material com a rubrica “colunista (gay) – filho da Scarlet Moon”. Christovam divulgou
a gafe como forma de combater a homofobia.
Correspondências de assessoria podem ser perigosas. Há um ano recebi um
brinde muito gentil. Só que o “agradinho” era destinada a um tal de Credo
Júnior, como mostra uma das fotos que ilustram este post.
Pois é, já contei essa história no blog, mas “como o jornalismo é um
eterno renovar”...
Meu amigo Márcio, de quem já falei em alguns textos, adora pesquisar
genealogia. Começou aos poucos e já está no século XVII refazendo os ramos de
sua família.
Essa pesquisa vai ganhar um post especial no tempo devido. Vou usar um
das descobertas para me ajudar a escrever o texto de hoje
Pois bem, ao ler o post sobre os casos da família Soares (http://blogdocreso.blogspot.com.br/2017/12/casos-da-familia-soares.html),
meu amigo descobriu um anúncio sobre a morte de meu bisavô, Simeão Estelita, no
jornal O Paiz, em 1915, como mostra a imagem a seguir.
Ele também enviou um anúncio do jornal em que minha avó Geraldina Soares
convidava para a missa de sétimo dia do meu avô Manoel Gratolino, em dezembro
de 1941. O registro iconográfico está abaixo.
O conhecimento dessas publicações me fez viajar no tempo. A última que
ele me enviou, além da volta ao passado, me proporcionou uma gargalhada.
Primeiramente, Márcio me perguntou quem era Celso da Cruz Soares.
Estranhei, pois não tinha conhecimento de alguém com esse nome na
família.
Então, Márcio me enviou o anúncio do jornal que falava do casamento de
Celso da Cruz Soares e Abigail Macedo Silva. O registro era do dia 19 de março
de 1941. Adivinhem: dia do primeiro “enlace” de meu pai.
O mal entendido se revelou. O nome do meu pai saiu errado no jornal,
justamente nos “proclamas” do seu casamento. Naquele momento ele virou
Celso.
Já fui chamado de vários nomes ao longo da vida, inclusive de Celso. Uma
pessoa querida da família só me chama de seu Creisson. Minha filha Clara,
quando estava sendo alfabetizada, grafou num trabalhinho Cerso. A pesquisa do
Márcio forneceu-me a prova cabal que o equívoco se faz presente há mais de 75
anos.
Ser chamado de Credo na etiqueta de um brinde de fim de ano tudo bem,
mas errarem o nome no anúncio do casamento passou da conta.
Com o temperamento que meu pai tinha, fico imaginando todas as piadas
que devem ter saído de sua mente fértil. Ele era adepto de não perder a piada
jamais.
Abaixo a prova do “crime” publicada no jornal O Imparcial (aliás, um veículo que tinha a presunção da imparcialidade deveria ser um caso a ser estudado).
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