“De
onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”. A frase é de um dos mais
sarcásticos humoristas do Brasil, Aparício Torelly, o Barão de itararé. A
sentença se aplica perfeitamente ao deputado estadual e comunicador Pedro
Augusto.
O repórter Fábio Barreto, do SBT, fez uma reportagem mostrando
assessores do nobre parlamentar doando parte do salário para a secretaria
dele.
Se houver investigação (afinal, é a Alerj) e ficar provado que
eles eram obrigados a dar o dinheiro, não deve ser prática exclusiva do Romeiro
de Aparecida. Há muitos anos existem essas denúncias na Alerj.
Em 2013, a então deputada Janira Rocha, do PSOL, se embananou
numa operação parecida com a de Pedro Augusto. O parlamentar do MDB está no
quinto mandato, se ficar provada a mutreta, imaginem o quanto de caixa 2 ele já
conseguiu angariar.
Pedro Augusto está expandindo suas atividades. Há pouco estreou
um programa na TV Bandeirantes, repetindo todas as baixarias que faz na Rádio Tupi.
Aliás, o programa dele na emissora é um sucesso. É uma atração
com síndrome de “médico e monstro”. Na primeira hora fala de crimes, faz piadas
sexistas e recorre às mais inomináveis baixezas. Na segunda hora apela para
a mais barata demagogia religiosa, se transformando no Romeiro de
Aparecida.
Talvez o comunicador esteja precisando pedir uma luz à santa de
devoção. A imagem dele ficou desgastada por ter votado a favor de Jorge
Picciani, quando o capo foi enviado à cadeia. Agora está nos holofotes por
causa desta denúncia de embolsar parte dos salários dos assessores.
Na verdade, Pedro Augusto se mostra um perfeito representante da
indignidade política que acomete a Assembleia Legislativa do Rio. Demagogo,
populista e ligado até a raiz dos cabelos ao grupo de Jorge Picianni e Paulo
Melo.
Respeito muito a Rádio Tupi, até porque comecei lá, mas
realmente ter em seus quadros um personagem como Pedro Augusto enfraquece a
emissora institucionalmente. Espero que o eleitor de Pedro Augusto se informe
sobre sua conduta parlamentar, como vota e a que senhor ele serve.
Acho que apenas o eleitor poderá punir o parlamentar, pois seus
pares na Alerj, provavelmente, vão ser corporativistas e livrá-lo das denúncias.
Além de corporativistas, muitos têm telhado de vidro.
O ano é de eleição, seria bom que a gente colocasse a mão na
consciência e se informasse para não eleger pessoas como Pedro Augusto.
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