Fernando Haddad mais que dobrou seu percentual de
votos em uma semana. A pesquisa DataFolha mostrou que o provável ungido pelo PT
para disputar a eleição pulou de 4% para 9% das intenções de voto. O
ex-prefeito de São Paulo é a grande incógnita do primeiro turno. Se herdar 60%
dos índices de Lula, chegará ao segundo turno.
Na fotografia eleitoral, Com 13%, Ciro Gomes é o credenciado para
disputar com Jair Bolsonaro a segunda etapa do pleito. O grande problema do
pedetista é que a eleição é um longa-metragem, portanto, o resultado dessa
pesquisa deve ser comemorado, mas não pode haver euforia. Ciro também mostra
força ao vencer em todas as simulações de segundo turno.
Jair Bolsonaro não cresceu na velocidade que os adversários temiam, indo
de 22% para 24%, além disso, o atentado contra o candidato não significou uma
redução significativa de sua rejeição. Com 43% de eleitores declarando que não
votam nele de jeito algum, é muito difícil que o capitão consiga ganhar a
eleição no segundo turno.
Por correr no mesmo espectro político, Geraldo Alckmin foi o grande
atingido eleitoral pelo crime contra Bolsonaro. O tucano estava usando seu
latifúndio no horário político para tentar desconstruir o candidato do PSL. No
entanto, a convalescença de Bolsonaro impediu que os ataques continuassem.
Alckmin não consegue decolar, está em quarto lugar com 10% das intenções de
voto. Por quatro eleições seguidas os tucanos chegaram ao segundo turno. O
ex-governador de São Paulo corre o risco de atingir uma marca nada
meritória.
A falta de estrutura partidária de Marina Silva já começou a cobrar a
conta. A candidata da Rede começou a perder o fôlego, perdeu 5 pontos
percentuais despencando de 16% para 11%, e foi ultrapassada por Ciro Gomes. A
tendência é que Haddad também a ultrapasse.
Bolsonaro perde no segundo turno para Ciro, Marina, Alckmin e Haddad. O
DataFolha mostrou que a disputa mais acirrada é com Haddad. Apesar do discurso
de que pode vencer no primeiro turno, o staff bolsonarista sabe que a vida não
será fácil nesta reta final.
Se eu fosse integrante da campanha do PSL, torceria para enfrentar
Fernando Haddad. A candidatura petista serve mais à estratégia do confronto e
radicalização.
Outra coisa que preocupa a campanha petista é o vazamento de alguns
trechos de depoimento de Antônio Palocci à operação Greenfield. O ex-ministro
afirmou que Lula trabalhou para conseguir propina.
O depoimento de Antônio Palocci ocorreu no dia 26 de junho, ou
seja, há 46 dias. É curioso que seja divulgado apenas depois de começada
a campanha. Esta divulgação parece ter objetivos eleitorais.
No mais, não entendi a campanha de rádio de Alckmin. Eles usam uma
vinheta que diz “que cara cabeça”.
Parece bullying anatômico com o candidato tucano.
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