Em 1989, Leonel Brizola mostrou sua liderança e comprometimento ao embarcar na campanha de Lula no segundo turno, transferindo seus votos para o petista. O velho caudilho entendeu que Collor era representaria perigo para o país. Quem tem mais de 40 lembra do confisco da poupança. Ciro preferiu o cálculo político e saiu do país.
A postura do PDT nesse segundo turno pode custar caro para a sobrevivência do partido. Nos estados em que está no segundo turno apoia Jair Bolsonaro. A candidata a vice lança a exdrúxula ideia da renúncia de Haddad para que Ciro pudesse entrar. E ainda teve o episódio do discurso de Cid Gomes.
É para aumentar a dubiedade, Ciro Gomes desembarcou depois do passeio europeu e se manteve calado sobre o apoio a Haddad. E o partido anunciou uma reunião para discutir uma ação favorável ao petista. Só se fosse para um “terceiro turno” (que não defendo, mas que não duvido). Para o segundo, o trem já passou.
Ciro Gomes não tem um projeto de país, tem um projeto pessoal. Zanzou por diversos partidos, do PDS ao PSDB, do PPS ao PDT. Não quis entender o momento. Em 2022, essa conta será cobrada. A direita já tem seu representante e a esquerda não o perdoará pela hesitação em 2018.
O apoio de Ciro seria fundamental na campanha petista, mas ele, para usar uma expressão futebolística, “correu para não chegar”. Deveria ter aprendido com Marina Silva, que de terceiro lugar em 2010 e 2014, chegou atrás do Cabo Daciolo em 2018. O castigo das urnas à tibieza é o ostracismo.
Perfeito! A despeito de não ter tido um tratamento digno pelo PT, Ciro virou as costas para seus eleitores e para o Brasil.
ResponderExcluirAnálise lúcida. Ensaiou o apoio logo depois do primeiro turno e sumiu. Deixou o “pau quebrando “ e se mandou. Postura inadmissível de alguém que se pretende líder político. Além de ter sido muito feio.
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