A gente tem que procurar o tempo inteiro maneiras
de se reinventar. Se você revirar o HD do cérebro vai se deparar com uma
verdade: reinvenção é outro nome para a vida.
Essa analogia, com um pezinho na autoajuda, pode ser aplicada ao campo
que você quiser. Por exemplo, relacionamentos.
Sabe aquela dor da perda quando acaba um namoro, um noivado ou um casamento?
O que surge a partir dali é a reinvenção. Você promete que nunca mais vai se
envolver assim, que relacionamentos sinceros não existem... Quando menos se
espera, o coração reinventa alguém e lá vai você curtir fotos, esperar mensagem
de WhatsApp e mudar o status na rede social.
Como não passo há muitos anos pela situação descrita acima, até porque
na minha época não havia Tinder, WhatsApp e Facebook, a reinvenção necessária
foi profissional.
Um amigo com a alma inquieta, daqueles que não se conformam com as
coisas como estão, criou um grupo de discussão para que jornalistas troquem
ideias. Um fórum no qual as pessoas tentam encontrar saídas e, principalmente,
entradas no turbilhão de transformações que a profissão sofre.
Num dia, ele me cobrou dicas sobre o jornalismo e o mercado. Na verdade,
se eu tivesse a fórmula, iria abrir uma empresa de consultoria e ganhar uma
graninha. Provocado por ele, me veio à cabeça a palavra reinvenção.
Em 2007, eu estava insatisfeito com o que fazia na CBN. Apareceu a
oportunidade de ir para um novo projeto chamado portal PUC-Rio digital. Saí da
chamada “posição de conforto” e mergulhei na ideia. Foram 3 anos sensacionais.
O mais importante: conheci pessoas maravilhosas que levo comigo no coração e no
convívio.
Depois do portal, tive e a oportunidade de trabalhar na Rádio Globo.
Outra reinvenção. Apesar de ficarem no mesmo prédio, Globo e CBN eram
completamente diferentes. O ouvinte, a linguagem, as preocupações com audiência
eram algumas dessas diferenças.
Quando acabou minha aventura na Rádio Globo, vi novamente a necessidade
de reinvenção. Estudei para ingressar no mestrado e consegui. Meti-me a
escrever crônicas e revirar minhas lembranças.
Ao amigo que me pediu dicas sobre a profissão, me arvoro
pretensiosamente a dizer: a gente tem que se reinventar. A vida é reinvenção e
aprendizado.
A saída da Rádio Globo fez com que eu estudasse para o mestrado, me deu
tempo para criar um blog e proporcionou uma reflexão sobre a minha necessidade
de fazer um podcast.
A minha reinvenção é essa, estou parindo filhos digitais. Primeiro um
blog, agora um podcast. Quem sabe, daqui a pouco, não encaro outro podcast,
ou até um canal no Youtube? Para esse último tenho que perder um pouco a
timidez.
Então, o jeito é tratar cada obstáculo que surge como nova oportunidade
de ultrapassá-lo. Contornar o caminho é sempre um jeito novo de aprender a
andar.
Aliás, segue o link do meu novo "filho digital".
Meu querido amigo, você será um vitorioso em todos os teus projetos por teu talento, amor e dedicação!
ResponderExcluirVocê é um cara muito generoso. Um grande abraço
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