sábado, 22 de junho de 2019

A triste coincidência na morte de Thalles

A morte de Thalles neste sábado engrossa uma estatística cruel com jogadores que vestiram a camisa do Vasco: morrer em acidentes de trânsito. Lembro que a primeira morte a me chocar foi a do zagueiro uruguaio Daniel González. Ele fez parte do elenco do Vasco entre 83 e 84. Em 1985, quando voltava de uma festa na casa do atacante Claudio Adão, perdeu o controle do carro e morreu. 

Em 1994, o brilhante Dener sofreu um acidente na Avenida Borges de Medeiros, bem perto do Clube Piraquê. O camisa 10 vascaíno dormia no banco do carona. O amigo que dirigia seu Mitsubishi perdeu o controle, Dener foi enforcado pelo cinto de segurança que estava na altura do pescoço porque o banco estava reclinado. 

Em 1995 foi a vez de Dirceu, ou Dirceuzinho, craque de três copas. Melhor jogador da Italia na temporada 85-86. Aos 43 anos já havia abandonado a carreira. Teve o carro que dirigia atingido por outro que irresponsavelmente participava de um “racha”. 

Em 2001, o lateral direito Clébson, integrante do time que conquistou de forma heróica a Copa Mercosul de 2000, morreu num acidente de carro no interior da Bahia, na cidade de Serrinha. E como me alertou o amigo Fred Soares, o lateral morreu em 22 de junho, como Thalles. 

E neste sábado a tragédia encontrou Thalles. Um jogador talentoso que não soube administrar sua carreira. Mesmo assim, fez 36 gols pelo time principal. Que o jovem atacante descanse em paz. 

Não há semelhanças na trajetória futebolística de nenhum dos cinco citados, apenas a trágica coincidência de terem atuado pelo Vasco e terem perdido a vida em acidentes de trânsito. Todos colhidos quando poderiam dar muito mais à vida e aos que os amavam. 

O trânsito é perigoso e depende de uma conscientização de todos que dirigem para que a insegurança diminua. Flexibilizar as leis ou afrouxar a fiscalização e o limite de pontos na carteira em nada ajuda nas estatísticas de acidentes fatais. 



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