terça-feira, 11 de setembro de 2018

Haddad sobe e briga pelo segundo turno fica mais acirrada


Fernando Haddad mais que dobrou seu percentual de votos em uma semana. A pesquisa DataFolha mostrou que o provável ungido pelo PT para disputar a eleição pulou de 4% para 9% das intenções de voto. O ex-prefeito de São Paulo é a grande incógnita do primeiro turno. Se herdar 60% dos índices de Lula, chegará ao segundo turno. 

Na fotografia eleitoral, Com 13%, Ciro Gomes é o credenciado para disputar com Jair Bolsonaro a segunda etapa do pleito. O grande problema do pedetista é que a eleição é um longa-metragem, portanto, o resultado dessa pesquisa deve ser comemorado, mas não pode haver euforia. Ciro também mostra força ao vencer em todas as simulações de segundo turno. 

Jair Bolsonaro não cresceu na velocidade que os adversários temiam, indo de 22% para 24%, além disso, o atentado contra o candidato não significou uma redução significativa de sua rejeição. Com 43% de eleitores declarando que não votam nele de jeito algum, é muito difícil que o capitão consiga ganhar a eleição no segundo turno. 

Por correr no mesmo espectro político, Geraldo Alckmin foi o grande atingido eleitoral pelo crime contra Bolsonaro. O tucano estava usando seu latifúndio no horário político para tentar desconstruir o candidato do PSL. No entanto, a convalescença de Bolsonaro impediu que os ataques continuassem. Alckmin não consegue decolar, está em quarto lugar com 10% das intenções de voto. Por quatro eleições seguidas os tucanos chegaram ao segundo turno. O ex-governador de São Paulo corre o risco de atingir uma marca nada meritória. 

A falta de estrutura partidária de Marina Silva já começou a cobrar a conta. A candidata da Rede começou a perder o fôlego, perdeu 5 pontos percentuais despencando de 16% para 11%, e foi ultrapassada por Ciro Gomes. A tendência é que Haddad também a ultrapasse. 

Bolsonaro perde no segundo turno para Ciro, Marina, Alckmin e Haddad. O DataFolha mostrou que a disputa mais acirrada é com Haddad. Apesar do discurso de que pode vencer no primeiro turno, o staff bolsonarista sabe que a vida não será fácil nesta reta final. 

Se eu fosse integrante da campanha do PSL, torceria para enfrentar Fernando Haddad. A candidatura petista serve mais à estratégia do confronto e radicalização. 

Outra coisa que preocupa a campanha petista é o vazamento de alguns trechos de depoimento de Antônio Palocci à operação Greenfield. O ex-ministro afirmou que Lula trabalhou para conseguir propina. 

O depoimento de Antônio Palocci ocorreu no dia 26 de junho, ou seja, há 46 dias. É curioso que seja divulgado apenas depois de começada a campanha. Esta divulgação parece ter objetivos eleitorais. 

No mais, não entendi a campanha de rádio de Alckmin. Eles usam uma vinheta que diz  “que cara cabeça”. Parece bullying anatômico com o candidato tucano. 


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