quarta-feira, 16 de maio de 2018

Como apresentador, o ex-jogador Neto é um razoável batedor de faltas


Vou relacionar dois episódios e a importância de haver responsabilidade por parte de quem empunha um microfone. A gente costuma dizer que quem faz ao vivo, tem que ter o fator VDM ( vai dar m.) ligado. Qualquer palavra mal calculada pode botar uma reputação a perder. Que o diga Willian Waack. 

Eduardo Bueno é uma das pessoas com o raciocínio mais rápido do jornalismo. Seus livros de história, deixaram a chegada dos portugueses ao paraíso tupiniquim muito mais acessível aos estudantes. 

Peninha, tem uma verve anárquica e iconoclasta. Ouvi uma entrevista com ele, em que admitia ter perdido o bonde ao não acompanhar a trajetória dos Mamonas Assassinas enquanto eram vivos. Não se perdoava pelo fato de ser um jornalista, que trabalhava com os fatos mais relevantes e não ter percebido aquele fenômeno. 

Um dos  eventos mais engraçados e constrangedores que passei ao vivo como repórter foi quando não consegui pronunciar o nome de um de seus livros. Já escrevi sobre isso no blog 

Feitas todas essas observações, é preciso dizer que o jornalista errou feio ao humilhar a colega Duda Streb no programa Sala de Redação da Rádio Gaúcha no final de abril. 

Eles estavam falando de futebol e Duda discordou de um comentário de Peninha. Ele emendou dizendo “quem chamou essa menina. Volta para a cozinha, de onde não deveria ter saído”, disse o jornalista fazendo troça. O apresentador Mauricio Saraiva disse a Duda que processasse Peninha porque ele tem dinheiro. 

O programa transcorreu em clima bem humorado depois da brincadeira infeliz, mas ganhou as redes sociais. Peninha teve que pedir desculpas a Duda, na edição seguinte, mas foi tão irônico que, literalmente, a emenda ficou pior do que o soneto e a jornalista chegou a chorar. 

O outro fato foi com o ex-jogador Neto. Ídolo de um Corinthians errante, vencedor, mas nãos tão dominante quanto hoje. Ele batia falta como poucos e mais nada. Neto faz agora às vezes de apresentador na Band. No estilo sem papas na língua, que na verdade esconde a falta de prepara para argumentar e parte para agressões gratuitas. 

Pois bem, o “apresentador” (com todas as aspas possíveis de colocar no termo) agrediu o atacante Guerrero e a torcida do Flamengo gratuitamente ao saber do aumento da pena do jogador. 

Apesar de não ter sido um grande atleta tinha refino para tratar a bola. No entanto, ao exercer o novo ofício, Neto se assemelha a um daqueles zagueiros grosseiros que matam a bola na canela. 

Ao comentar a suspensão de Guerrero, Neto ironizou o peruano e fora das câmeras, mandou o dedo do meio para o jogador que trocou o Corinthians pelo Flamengo. 

Neto foi um moleque de arquibancada. Claro que ele tem o direito de expressar a opinião dele, mas o faça em uma conversa com os amigos. Não da maneira pouco profissional que o fez no episódio. Se portou como um boçal. 

Se eu fosse Guerrero, tomaria medidas judiciais contra ele. O ex-batedor de falta incitou um ódio perigoso. 

Citei os dois episódio para dizer que mesmo sendo duas pessoas por quem nutro sentimentos distintos, um de admiração e outro de asco, acho que as empresas que franquearam os microfones para ambos deveriam se retratar com seu público. 


A menos que a RBS concorde com as frases machistas de Eduardo Bueno e a Band com o dedo do meio enviado por Neto ao jogador Guerrero e à torcida do Flamengo. 

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