sexta-feira, 18 de maio de 2018

O casamento de Harry e Meghan

Amigos, é preciso louvar a capacidade da realeza britânica de se manter no topo do Olimpo das celebridades. A Rainha Elizabeth há 66 anos chama atenção do mundo e as gerações que se seguiram a ela mantém a tradição. 

Agora é a vez do príncipe Harry se casar com a atriz americana Meghan Markle. Como já foi amplamente explorado, ela é divorciada. Como o mundo não é para principiantes, a Rainha Elizabeth só está no trono porque porque o tio dela quis casar com uma americana... divorciada. 

Se alguém ainda não sabe, é bom lembrar. O tio dela, Edward VIII, se apaixonou pela socialite americana Wallis Simpson. A sociedade britânica se escandalizou e a elite política o obrigou a abdicar em favor do irmão, Albert, que ao chegar ao trono se tornou George VI. Elizabeth é filha de George VI. 

Pois bem, agora o caçula de Charles e Diana se casará com uma americana divorciada. E diferentemente de oito décadas atrás, o casal é adorado pelo público. Megan Markle é muito diferente de Wallis Simpson. A nova “neta” de Elizabeth é uma influenciadora digital, que milita por causas como a da igualdade racial. O mundo mudou e a corte britânica, na medida do possível, vai tentando se moldar aos novos tempos. 

O casamento do ano vai custar  US$ 45 milhões. Em termos futebolísticos é duas vezes o que o Borússia Dortmund pagou para comprar o atacante Paulinho do Vasco da Gama. Ou uma grana equivalente a um excelente prêmio da Mega-Sena. 

A TV Globo vai transmitir o casamento, assim como fez com a cerimônia dos pais do noivo, Charles e Diana, em 1981. Eu poderia ser só aquele chato que não vai ver o convescote e faz críticas a quem está empolgado como o evento. 

Prefiro tentar entender o que faz com que uma rede de TV aberta modifique sua programação para acompanhar o casamento real. Ou ainda o magnetismo dos acontecimentos da monarquia britânica. Mal nasceu o terceiro herdeiro de Willian e Kate, veio o casamento de Harry e Meghan. E segue cortejo, com Elizabeth no andor e os “súditos”, britânicos (nesse caso sem aspas) ou não acompanhando fascinados. 

Talvez se fosse feita uma pesquisa, descobriríamos que vários lugares do mundo gostariam de ter uma família real britânica para chamar de sua. 

A verdade é que o tempo passa e nós não conseguimos nos libertar de acreditar em heróis, príncipes e contos de fada. 

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