quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Filosofias levianas II






“As merdas que a gente faz adubam a vida da gente”. Gostaria muito de ter escrito essa frase. Mas na verdade o autor dela é muito mais inteligente e famoso do que eu. Cláudio Besserman Viana no documento e Bussunda para os mlhões de brasileiros.

Irreverência, humor e sabedora colocados de um jeito cru. E você precisando ler Freud para encontrar respostas.

Fui reprovado no primeiro ano do científico, atual ensino médio, informação para os nascidos depois de 1990. Pois é adubei minha vida por ter feito isso. Por causa dessa encrenca, conheci grandes amigos que viveram comigo grandes aventuras. Uma das minhas amigas anos depois me apresentou minha mulher e o resto está nos álbuns de fotografia físicos e da alma. E tudo pela minha ineficiência com logaritmos, compassos e Movimento Retilíneo Uniforme. Para quem não entendeu fui reprovado em matemática, desenho e física. Tomei bomba em três matérias, naquela época já existia Fantástico, mas não rolava pedir música.

Não tive o privilégio de conhecer o Bussunda pessoalmente, mas graças a essa profissão, pude conhecer o irmão dele, Sérgio Besserman. Aliás, o bom humor e inteligência são traços da família.

Acho que com o Besserman devo ter batido algum recorde pessoal, juntando quatro programas especiais de eleição, ficamos cerca de 20 horas no ar, não me lembro de ter ficado tanto tempo assim com a mesma pessoa no ar.

Mas voltando aos adubos, pense em quantas vezes chegar atrasado salvou você, por exemplo. E nessa semana “filosoficamente leviana” fico pensando que a vida sem erros seria uma reta. E no retão a estrada fica monótona, você deixa o carro ir quase que por ele mesmo. Quando isso acontece, você deix
a sem efeito a razão de ser motorista: dirigir, subir e descer ladeiras, frear, desviar dos obstáculos e, se necessário, parar no acostamento.

Experimente dirigir pelas ruas do Rio de Janeiro, em que a manutenção do asfalto, se existir, é bem discreta. Depois disso você vai experimentar na prática a metáfora do parágrafo anterior.

Entre um adubo aqui, um arranhão na lataria ali e uma prova acolá, vamos passando de ano, em algumas matérias acima da média, em outras com a ajuda do professor. No entanto, vamos em frente que a escola não acaba, ou melhor, quando acaba chegamos ao cemitério.

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