terça-feira, 24 de abril de 2018

Acho que nunca mais vou me "libertar das algemas"


Amigos, Hoje faz dois meses que a fitinha do Senhor do Bonfim está no meu braço esquerdo. Realmente, não sei o que fazer com esta fita amarela de poliéster amarrada no meu punho. Parece um tipo de algema posta por minha crendice para me aprisionar.

Nos primeiros momentos da fita no meu braço, procurei um consolo pensando nela como um relicário da deliciosa viagem a Salvador. O tempo foi passando, as despesas no cartão de crédito chegando e nada dela arrebentar. Ou seja, pela tradição, enquanto a fita não arrebentar os desejos não se realizam. Amigos que vão à capital baiana, cuidado, não se deixem aprisionar por essas “algemas”. Essas fitinhas não arrebentam de jeito nenhum.

Nesses dois meses muita coisa aconteceu. A Gleice ganhou o BBB e gritou Lula Livre, isto porque o Lula foi preso enquanto a fita de Nosso Senhor do Bonfim permanecia em meu braço. O Aécio virou réu no Supremo e o Alckmin vai escapar sem muitos arranhões graças a uma “jogada” bem armada no STJ. Por falar em jogada, o Flamengo, foi eliminado do carioca, mudou de técnico e perdeu o Evérton, jogador mais regular do time.

Fico pensando no que ainda vai acontecer enquanto esta fita estiver no meu braço. Acho que ela já testemunhou coisa demais. A fita está demorando tanto que parece que na novela O Outro Lado do Paraíso, a mocinha Clara vai concretizar a vingança contra a vilã Sofia e vai ter final feliz com o Patrick. Na vida real, ela está namorando o Gael... Periga começar a outra novela e eu não me despedir da fita.

Os leitores do blog não têm me ajudado muito. Nenhum deles se arriscou a me incentivar a tirar a fitinha. Um deles ainda me deixou sem esperanças, enviando-me uma reportagem com exemplos de fitas que demoraram mais dois anos para arrebentar. Outro foi enfático e me disse: “NÃO TIRE DE JEITO NENHUM!” Diante de tão acalorado conselho, deixei-a ficar no meu braço.

Fiquei pensando que se a minha fita demorar dois anos para arrebentar, ela vai saber a nova seleção campeã do mundo no futebol, acompanhar o começo da campanha de reeleição do Trump e – Deus, socorra-me – a campanha de reeleição do Crivella. Aí já vai ser demais. Estará atestado que essa fita não se mete em política.
  


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