Aos 51 anos, Malu é símbolo da estatística cruel de muitos trabalhadores. Foi demitida sob o argumento de que a casa precisa renovar seus quadros.
A estrela não costuma ser considerada um trabalhador comum. Talvez pelo fato do glamour fazer parte compulsória da imagem que eles representam. Mas ao ver os casos de Malu Mader, Izabela Garcia e Maitê Proença, vemos que para os empregadores, muitos são vistos assim.
Malu Mader é uma das musas da galera nascida entre 70 e 75, incluindo este bípede aqui. Me apaixonei pela Valquíria de Ti-ti-ti, pela Lurdinha de Anos Dourados, Pela Maria Lucia, de Anos Rebeldes e pela Vanda de O Mapa da mina. Malu povoou meus sonhos e o de muitos marmanjos.
O último grande papel foi a Maria Clara Diniz de Celebridade. Depois a atriz diminuiu o ritmo. A emissora não descarta papéis futuros para ela. Acho que as saídas de Malu Mader e Izabela Garcia da Globo deixam minha adolescência um pouquinho mais longe.
Tomara que as duas façam coisas interessantes em outros canais. O legal de nossos tempos é a variedade de opções no mercado de audiovisual. Há sempre uma série do GNT, Multishow e Netflix para acompanhar.
Malu foi mais um daqueles profissionais competentes que o tempo deixou caros. Aos gestores, pouco criativos, só resta apresentar a porta da rua e uma cartilha para que o profissional demitido possa se reinventar.
Resolvi escrever sobre algo que me surpreendeu. Outros assuntos não me surpreenderam. Finais previsíveis são dignos de tramas pobres, ajudadas por atores ruins, histriônicos e caricatos e autores de segunda linha. O problema é que novela ruim às vezes repete enredo de outras e os finais são mais trágicos que os primeiros.
Prefiro ficar com a memória da Lurdinha de Anos Dourados e a da Maria Lucia de Anos Rebeldes.
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