quarta-feira, 25 de abril de 2018

Romário e seus dribles

O senador Romário foi um dos maiores jogadores do futebol mundial. Para quem não acompanhou, vou dar uma explicação sucinta. Sabe o Salah, do Liverpool? Pois é, não engraxa a chuteira do camisa 11 da seleção de 94. 

Romário era um jogador “sonso”. Quando se achava que ele estava desligado do jogo, deixava o dele na rede do adversário. Numa das partidas mais impressionantes que já acompanhei, a decisão da Copa Mercosul de 2000, ele fez 3 gols na virada do Vasco em cima do Palmeiras por 4 a 3. O último gol foi Romário em estado puro. A bola o procurou e ele só teve o trabalho de empurrar para dentro e decretar a vitória. 

Pois bem, Romário gênio da grande área, apelidado assim por ninguém menos do que Johan Cruyff , tentou dar um dos seus dribles sensacionais na justiça eleitoral. 

Como quem não quer nada, Romário encaminhou uma consulta para saber se poderia ser candidato ao Senado novamente. Ele ganhou o mandato na eleição de 2014 e só termina em 2022. No entanto, Romário pensava em aplicar o que se chama no “futebolês” de “migué”, atitude de quando se quer enganar alguém. 

Se ele pudesse ser candidato de novo, poderia se eleger e o mandato se estender até 2026. Detalhe, a segunda metade do mandato de 2014 seria exercida pelo suplente de Romário, que não foi submetido ao voto popular. 

Os ministros sentiram a intenção do herói do tetra, e o desarmaram quando entrava na área. 

Romário, gênio da bola, dá umas “pixotadas” no campo da política. Ameaça sair candidato aos cargos no executivo, depois desiste e negocia seus apoios. 


Isso sem falar nos bens que Romario tentou esconder para não pagar dívidas, segundo a justiça. Ah, Romário, os zagueiros de hoje são mais perigosos. Eles não caem facilmente na sua ginga de corpo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário