quarta-feira, 7 de março de 2018

Brincando de advinhação







Fui a um evento e o palestrante fez a pergunta intrigante. Quem decidiu o candidato a presidente? E o candidato a governador do Rio? 

O pânico se instaurou entre os presentes. Não há candidaturas consolidadas para estes cargos. A eleição nacional tem em Lula um ponto de interrogação do tamanho do primeiro turno. O radicalismo de Bolsonaro também lhe tira, por enquanto, uma chance mais concreta de vitória. 

Como estamos em época de desenhar cenários, sejam eles realistas ou não, resolvi esboçar um também.  A partir de agora vou brincar com uma hipotética bola de cristal.

Digamos que você é um político relevante. Cumpriu seus mandatos e saiu sem arranhões. Vieram os escândalos do mensalão e da Lava-jato. Você continuou intrépido e sem escoriações. 

Você é um político vaidoso, os jornalistas ainda o procuram para saber suas opiniões. Você lança um nome aqui, outro acolá, e dá suas opiniões sobre o cenário nacional. 

Sua idade não está a favor. Mas hoje em dia o conceito do que é velhice mudou em relação ao que era há 20 ou 30 anos. 

O candidato que poderia ser o grande empecilho para o seu projeto foi retirado do jogo. O país está indefinido, procurando um nome de conciliação. 

Aos poucos seu rosto começa a se destacar na multidão. A poeira vai baixando. Antigos correligionários começam a dizer. “O senhor tem condições de vencer”. “Precisamos de um nome que possa apaziguar todos os setores”. “É hora de contarmos com o que temos de melhor”. 

Você estava com vontade de voltar. Esperava por essa oportunidade, por esse “empurrãozinho”. No apagar das luzes para inscrição das chapas, surge seu nome. 

Se você ainda não entendeu a brincadeira, vou matar a charada. Sim, ele mesmo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Estou autorizado pelo editor deste espaço, no caso, eu mesmo, a fazer esses levianos exercícios de futurologia. Digo mais, se Lula não conseguir ser candidato, essa mosca azul vai sobrevoar as cabeças tucanas. 

FHC está em plena atividade, participando de todas as conversas dentro de seu partido. Essa história de lançar o Luciano Huck, não dar uma sinalização firme em favor de Geraldo Alckmin... Sei lá, não me surpreenderia que o ex-presidente fosse o candidato tucano. Acho que isso teria chance de acontecer se Lula realmente vier a ficar de fora da disputa. 

Como eu disse anteriormente, isto é só um leviano exercício. O cenário eleitoral confuso permite essas ilações. De qualquer forma, não ter um nome com cara de vencedor deixa a porta aberta para este tipo de candidatura. E aí, FHC seria  a “pinguela” para a passagem deste momento confuso da nação. O tempo dirá se minha “bola de cristal” viu certo, ou se ela estava turva.


Nenhum comentário:

Postar um comentário