domingo, 7 de outubro de 2018

Tensão pré-eleitoral

Acordei às 5h54m. O dia estava claro e ainda não colocamos cortina no quarto. Casa relativamente nova tem dessas coisas. Como acordo para trabalhar às 6h da manhã, geralmente não me incomodo. Mas neste domingo, a luz do dia me despertou. 

O que fazer até 8h. A seção de votação só abre neste horário. Resolvi olhar as notícias. Li a informação que no Rio 51% dos votos válidos estão com o candidato do PSL. Ora, por que a surpresa? É só lembrar quem é o atual ocupante da prefeitura. Então, minha expectativa aumentou para correr à urna. 

O número de pessoas votando será extremamente decisivo nesta eleição. A campanha de Jair Bolsonaro quer uma abstenção alta. A conta é simples. Com menos pessoas votando o universo de votos válidos diminui e aumenta a chance real da eleição acabar no primeiro turno. 

Então a verdade é a seguinte: quem não comparecer à seção de votação estará ajudando a eleger o líder das pesquisas. Essa vitória é tudo que os bolsonaristas querem. 

Isso porque se ele abre uma distância considerável na primeira etapa, na segunda, o jogo fica muito mais parelho. No DataFolha Bolsonaro vence por 45 x 43. Ele teria que preparar programas de TV, apresentar propostas e não poderia mais se proteger com atestados médicos  e entrevistas amigáveis. 

Os números de Bolsonaro assustam os adversários. Na faixa de que ganha entre 5 e 10 salários mínimos, ele chega a 51% dos votos válidos. Acima de 10 salários mínimos ele tem 55% das intenções de voto. 

Ele vence nos três estados do Triângulo das Bermudas. Entre os homens, o candidato do PSL tem 42% das intenções de voto. Entre as mulheres, 30%, abrindo 8 pontos percentuais em relação a Fernando Haddad. Apesar da distribuição desigual de votos entre homens e mulheres, não se pode desprezar os números dele no eleitorado feminino. Uma em cada três mulheres vota no candidato que diz ter sido sua filha mulher uma “fraquejada”. 

Fiz a minha parte. Votei e agora, aproveitando que é domingo, vou rezar. Por via das dúvidas, votei em candidatos bem combativos no Legislativo. Pois as eleições proporcionais são as mais importantes e diante do cenário que se avizinha, a parte progressista do Congresso será fundamental. 




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