domingo, 7 de outubro de 2018

Witzel, a zebra da eleição do Rio

O Palácio Guanabara é uma cadeira de “dragão”. Quatro dos ex-ocupantes estão enrolados na justiça e o atual inquilino pode perder a liberdade assim que sair de lá. A disputa pelo governo do Rio, à primeira vista, parece ser então uma enorme roubada. 

Mesmo assim, vários políticos se dispuseram a topar o desafio de comandar um estado quebrado, com o funcionalismo em frangalhos e sem previsão de saída do atoleiro. 

Eduardo Paes, líder das pesquisas, tenta assumir o posto de chefe político estadual, num lugar que já foi ocupado por Leonel Brizola, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral. 

Romário também vislumbrou nessa entressafra uma possibilidade de se consolidar no papel. A saída de Garotinho por problemas com a justiça lhe deu alento, mas nos últimos dias viu crescer a figura de Wilson Witzel. 

O candidato do PSC subiu fortemente nas últimas pesquisas. No DataFolha, o juiz está empatado com Romário, em 17% das preferências. No Ibope, o resultado está muito diferente, cravando 20 a 12 para o ex-artilheiro da seleção. 

De qualquer forma, Witzel já é a grande surpresa da eleição no Rio. É interessante notar o que pode ter feito a escalda dele. Não se pode esquecer que no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro lidera as pesquisas com 51% dos votos válidos. Witzel vestiu bem o figurino de candidato da ordem. Indio da Costa também tenta colar na figura de Bolsonaro, mas ao que parece, o juiz tem conseguido mais êxito na associação. 


As urnas, especialmente imprevisíveis em 2018, podem trazer novidades na eleições do Rio  

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